ARTIGOS CIENTÍFICOS 2023
Autor (es):
CARLOS, Euzeneia.
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Título:
Interações entre movimentos sociais e Estado e seus efeitos: um desafio para as teorias dos movimentos sociais
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Revista/ Editora:
Revista Política & Sociedade, v. 22, n. 54, p. 1-29
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Resumo:
Este artigo analisa a inter-relação entre os movimentos sociais e o Estado nas teorias dos movimentos sociais, a partir de revisão da literatura das três últimas décadas. Busca demonstrar os avanços nos estudos ao reconhecerem que as fronteiras entre o Estado e os movimentos, tradicionalmente conceituados como esferas dicotômicas e autônomas, são tênues e borradas. Nesse sentido, argumenta-se que a compreensão das interações entre Estado e movimento social torna-se mais complexa se guiada por uma abordagem dinâmica e relacional das inter-relações como mutuamente constitutivas e interdependentes. Defende-se também que a tese da mútua constituição entre sociedade civil e Estado é fundamental para a compreensão das conexões e sobreposições entre atores coletivos e instituições políticas e seus efeitos nas políticas e nos atores. Por fim, argumento que esta análise deve ser complementada por uma abordagem relacional das interações entre Estado e movimento que não seja meramente contextualista, numa perspectiva de endogeneização do contexto.
Palavras-chave: movimento social; interação estado-movimento; efeitos; mútua constituição; contextualismo.
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Autor (es):
MARQUES, Marcelo de S.
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Título:
Interações socioestatais: aspectos epistemológicos e contribuições a partir da Abordagem Estratégico-Relacional e da Perspectiva da Pólis
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Revista/ Editora:
Tempo Social, v. 35, n. 2, p. 157-188.
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Resumo:
Recentemente, passou-se a observar a sedimentação de uma nova agenda de pesquisa no Brasil voltada às relações entre Estado e sociedade civil. Contra leituras essencialistas, fronteiriças e contextualistas, essa abordagem, denominada de interações socioestatais, tem assumido como perspectiva ontoepistemológica o argumento de que as esferas societária e institucional são fenômenos mutuamente constitutivos. Inserindo-se nessa agenda, objetiva-se avançar sobre as bases epistemológicas percebidas nos argumentos desse enfoque, destacando o pós-fundacionalismo, a contingência e ressaltando seu caráter relacional. Buscando novas contribuições, esses objetivos são explorados a partir da discussão de duas tradições intelectuais distintas, a Abordagem Estratégico-Relacional (AER) e a Perspectiva da Pólis (PP). Conclui-se que, quando lidas a partir dessas bases epistemológicas, ambas se complementam e informam elementos centrais para se pensar em termos de uma perspectiva de mútua constituição.
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Palavras-chave: Interações socioestatais, Pós-fundacionalismo, Contingência, Relacionalidade, Mútua constituição.
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Autor (es):
MARQUES, Marcelo de S.
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Título:
Interações Socioestatais: mútua constituição entre a sociedade civil e a esfera estatal
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Revista/ Editora:
Opinião Pública, v. 29, n. 2, p. 431-468.​
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Resumo:
Desde os anos 1990 é possível verificar diferentes esforços voltados à análise das interfaces entre as organizações societárias e a esfera institucional. No Brasil, recentemente se observou a estruturação do campo das interações socioestatais. Embora não configure uma abordagem unificada, suas contribuições têm colocado em questão abordagens fronteiriças, fazendo avançar reflexões teóricas, metodológicas e análises empíricas sobre o envolvimento dos movimentos sociais nas políticas públicas. Inserindo-se nessa temática e almejando uma abordagem relacional para ressaltar a mútua constituição entre as esferas societária e estatal, revisitei o conceito de sociedade civil na tradição habermasiana para destacar três aspectos críticos, a saber: negação do político (despolitização); otimismo (associação normativa entre sociedade civil e democracia); e relacionismo. As reflexões reforçam as limitações analíticas do conceito e destacam a importância da mútua constituição para a análise das interações socioestatais.
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Palavras-chave: Interações Socioestatais; Mútua constituição; Sociedade civil.
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Autor (es):
MARQUES, Marcelo de S.
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Título:
O Estado como relação social: consequências teórico-analíticas da (re)leitura relacional
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Revista/ Editora:
Revista Sociedade & Estado, v. 38, n. 3, e46792.​
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Resumo:
Os argumentos centrais do artigo é que o Estado, percebido como parte de uma totalidade social, é uma relação social e, portanto, faz-se necessário uma (re)leitura relacional para se pensar a imbricação Estado/sociedade. Ao assumir esse pressuposto, discutirei o Estado como agente e como campo e, a partir de diálogos com a tradição histórico-institucionalista, refletirei sobre a autonomia do Estado e as mudanças institucionais. Com isso, espero trazer para o debate algumas considerações para uma reflexão teórica, com implicações analíticas, a partir de uma perspectiva relacional sobre o Estado.
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Palavras-chave: Estado; Estado/sociedade; Abordagem relacional; Mudança institucional.
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